segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pirenópolis










































































































Pirenópolis foi fundada em 07 de outubro de 1727 por portugueses, que vieram para o garimpo de ouro, com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte e, mais tarde, Cidade de Meia Ponte. O Garimpo teve o auge em 1750 e sofreu a decadência em 1800. Após exaurir as minas voltaram-se, os meiapontenses, para a agricultura, pecuária e comércio tropeiro. O principal produto agrícola foi o algodão, produto de exportação que ia direto para Inglaterra e era considerado como uma das melhores fibras do mundo. Havia também a produção de cana para açúcar para o comércio regional.
Figurava nesta época como comandante da cidade e região o Comendador Joaquim Alves de Oliveira, construtor da Fazenda Babilônia, a maior empresa agrícola do Centro-Oeste e um dos maiores engenhos de cana do Brasil. Meia Ponte se manteve como grande produtor agrícola e centro mercantil de Goiás, todas as picadas de Goiás passavam em Meia Ponte, até cerca de 1880, quando os principais comerciantes resolveram mudar-se para o Povoado de Santana das Antas, futura Anápolis, por sua localização menos acidentada. Daí em diante, sofreu grande decadência econômica, vindo a mudar seu nome, em 1890, para Pirenópolis, a cidade dos Pireneus, serra cujo nome lembrava por alguns os Montes Pireneus da Europa, divisa de Espanha com França.
Apesar da inatividade econômica, Pirenópolis manteve as tradições, as atividades culturais e as festas populares que a destacava das outras cidades desde os tempos da fundação. Foi em Meia Ponte que surgiu a primeira biblioteca pública; o primeiro professor público de boas letras, para ensinar a população a ler; o primeiro jornal do Centro-Oeste e o primeiro do Brasil a ser editado fora de uma capital, o A Matutina Meiapontense, que servia de correio oficial para a Província de Goiás e de mato Grosso; o primeiro cinema, o Cine-Pireneus; e três teatros na virada do século XIX para o XX. Com tudo isso, ganhou a fama de Berço da Cultura Goiana.
Durante os primórdios e meados do século XX, Pirenópolis só era lembrada por ocasião das festas, que sempre tiveram bastante destaque, como a Festa do Divino, festejada desde 1819, e um pouco de comércio de quartzito por ocasião da construção de Goiânia, em 1930. Até que com a chegada de Brasília, a atividade mineradora do quartzito se intensificou, melhoraram-se os acessos e começaram a chegar visitantes de outras localidades, como compradores de pedras para a construção de Brasília, políticos e viajantres hippies
Nos anos 80, alguns destes hippies mudarem-se na intenção de construir comunidades alternativas e ensinaram para os jovens do local o labor do artesanato de jóias de prata. Aqui se produzia, mas aqui não se vendia. Para a venda destes produtos era preciso viajar e, deste modo, divulgar a pequena cidade do interior de Goiás. Alguns ilustres políticos de Brasília, como o Embaixador Sérgio Amaral, compraram casa e mudaram. Neste momento Pirenópolis estava praticamente em ruínas, as igrejas descascadas, com goteiras e cupins, assim como as casas. Foi iniciado, então, um movimento de valorização do patrimônio histórico, já que a cidade havia guardado bens do período colonial.
Em 1989, a cidade foi tombada pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como conjunto paisagístico e em 1997 iniciou-se um projeto de revitalização do Centro Histórico, quando a Igreja Matriz, o Cine-Pireneus, o Teatro de Pirenópolis e outros monumentos foram restaurados, reformados e reconstruídos criteriosamente.
O turismo, como atividade econômica, teve um forte impulso a partir de 2000, com a divulgação maciça de Pirenópolis e Goiás através do Governo do Estado, por meio de novelas, anúncios televisivos, revistas, carnaval carioca, etc.




IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Matriz de Pirenópolis é um dos maiores e tradicionais centros de fé católica para o povo goiano e foi dedicada à padroeira da cidade. Construída entre 1728 e 1732 no auge da mineração do ouro. Foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1941 e restaurada entre 1996 e 1999. Um grande incêndio a destruiu em 5 de setembro de 2002. Sociedade, governo e entidades se mobilizaram para reeguer um dos maiores símbolos culturais do centro oeste. O IPHAN apoiou a restauração e a reinserçao do monumento na paisagem. As obras começaram em 2003 e a Matriz foi reinaugurada em 30 de março de 2006. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário continua como nasceu, simples, bela e verdadeira.

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