segunda-feira, 30 de abril de 2012

LIRA DOS VINTE ANOS

O livro é dividido em duas partes, onde na Primeira Parte de Lira dos Vinte Anos predomina a poesia mais sentimental, o devaneio do primeiro Byron e de Musset. Pontificam o medo de amar, o desejo vago por virgens inatingíveis, o sentimento de culpa frente aos desejos carnais e o fascínio com a morte. Trata-se de uma poesia de seres imaginários e ideias abstratas vagando na noite enevoada. Na Segunda Parte de Lira dos Vinte Anos, Álvares de Azevedo envereda por um romantismo irônico e sarcástico. Sem abandonar os temas do amor e da morte, representados sempre sob o manto da noite sombria, passa agora a “falar com coisas” (para usar o termo de João Cabral de Melo Neto) - a poetizar os objetos que o rodeiam. Vai agora, em processo claramente metalinguístico, dialogar ironicamente com os grandes autores do romantismo. Escreve sobre os charutos, sobre uma queda de cavalo (intuição?), sobre o dinheiro (ou a falta deste), em suma, sobre temas corriqueiros que não cabiam na poesia onírica e sentimental da Primeira Parte.






domingo, 29 de abril de 2012

O TEATRO MÁGICO

Muita Literatura, cultura, sentimento, expressão, arte...  Ouçam, assistam!

O TEATRO MÁGICO

"Senhoras e Senhores, as coisas óbvias e simples passam despercebidas muitas vezes diante de nós e a gente perde a poesia do cotidiano. Ontem acabou, passou, já foi; daqui a pouco nem existe ainda, nem começou e a gente só tem agora para poder se declarar, para poder criticar, para poder olhar no olho, para se confessar, para ser e estar..."

quinta-feira, 26 de abril de 2012

VIDAS SECAS - PERSONAGENS

FABIANO – vaqueiro rude e lacônico. É o chefe da família dos retirantes. O nome do personagem já indica rusticidade e rudeza (o Dicionário Aurélio dá como sinônimos possíveis da palavra fabiano: “indivíduo inofensivo; pobre-diabo”).
SINHÁ VITÓRIA – mulher de Fabiano. É um pouco mais dotada de conhecimentos do que o marido, pois ainda consegue, por meio de métodos rústicos, fazer contas. Humilde, seu maior sonho é ter uma cama igual à do Seu Tomás da Bolandeira.
O MENINO MAIS VELHO E O MENINO MAIS NOVO – filhos do casal. Por não terem o nome citado pelo narrador, os dois personagens acabam sendo caracterizados por causa dos pais. Essa falta de pessoalidade no tratamento é eloquente, pois batiza os garotos com a impessoalidade.
BALEIA – personagem curiosa. É a cadela da família, que, no meio de personagens animalizados – zoomorfizados –, acaba por sofrer o processo inverso, de humanização – ou antropomorfização. Baleia, assim, demonstra um comportamento humano em muitas passagens, sobretudo no momento de sua morte.
SEU TOMÁS DA BOLANDEIRA – por votar e ser alfabetizado, é o modelo de erudição e de conhecimento dos demais personagens.
O SOLDADO AMARELO – antagonista mais direto de Fabiano, representa, assim como o fiscal da prefeitura e o dono da fazenda, a opressão do poder institucional.

VIDAS SECAS - GRACILIANO RAMOS

VIDAS SECAS - GRACILIANO RAMOS

http://www.youtube.com/watch?v=XUI7Lyo756o&feature=related

sábado, 21 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

QUINHENTISMO


O Quinhentismo foi o primeiro movimento literário no Brasil. Em relação aos demais, sua importância é um tanto quanto menos expressiva na literatura, por não apresentar nenhum escritor brasileiro; ou, ainda, nenhum "escritor". Apesar disso, muitos dos maiores vestibulares do país pedem que seus vestibulandos tenham conhecimento desta matéria. Além disso, serve também como conhecimento geral para aqueles que gostam do assunto. O movimento iniciou-se com o "ínicio" do Brasil (sim, eu sei. O Brasil existia antes do descobrimento, mas para a literatura, assim como para muitas outras coisas, sua história começa quando os portugueses chegam ao país). Seu fim foi marcado pela publicação de Prosopopéia, de Gonçalves de Magalhães, que já tinha algumas tendências barrocas.


O Descobrimento das Américas marca, antes de mais nada, a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. A Europa vive o auge do Renascimento, o capitalismo mercantil toma o lugar dos feudos, e o êxodo rural provoca o início da urbanização. Houve também, neste período, uma crise na Igreja: o novo grupo dos protestantes contra o grupo dos fiéis católicos (estes últimos no movimento da Contra-Reforma). Durante a maioria deste período, o Brasil era colonizado por Portugal. Os documentos eram escritos por jesuítas e colonizadores portugueses; o primeiro autor brasileiro apareceria, mais tarde, somente no movimento barroco, Gregório de Matos.

QUINHENTISMO - É preciso saber


Momento sócio-cultural

.Início da exploração da colônia: extração de pau-brasil e do cultivo da ca-
na de açúcar.
.Expedições de exploração e reconhecimento da nova terra.
.Vinda dos jesuítas: trabalho de catequese dos índios e formação dos primei-
ros colégios.

Características literárias

.Literatura de caráter documental sobre o Brasil de cronistas e viajantes
estrangeiros.
.Literatura "pedagógica" dos jesuítas, visando à catequese dos índios.


Autores e obras

.Carta de Pero Vaz de Caminha ("certidão de nascimento" do Brasil)

Literatura de informação
.Pero Magalhães Gândavo: História da província de Santa Cruz a que vulgar-
mente chamamos Brasil
.Gabriel Soares de Sousa: Tratado descritivo do Brasil

Literatura de catequese
.Padre Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão do gentio
.Padre José de Anchieta: Na festa de São Lourenço (peça teatral), Poema à
Virgem (de tradição medieval)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

OTELO, O MOURO DE VENEZA

Apresentação

Iago trama com Rodrigo contar a Brabâncio que sua filha casou-se com Otelo, porque o mouro promoveu Cássio ao posto de tenente, posição essa que Iago almejava.

Desenvolvimento

Brabâncio toma ciência de que Otelo casou-se com Desdêmona, e sai à procura de Otelo para mata-lo. Quando se encontram são convocados a uma reunião no senado.
Chegando lá, Brabâncio acusa Otelo de ter enfeitiçado sua filha, mas a própria Desdêmona desmente a acusação e o casal parte para Chipre. Em Chipre Iago trama e executa a desgraça de Otelo.

Desfecho

Otelo, ao descobrir que matou sua esposa injustamente porque fora enganado por Iago, ficou totalmente angustiado e pôs fim na sua vida. Iago, que matou sua esposa porque ela revelou a todos os seus planos malignos, foi entregue as autoridades para ser julgado. Cássio passou a ocupar o lugar de Otelo e Graciano, herdeiro do mouro, ficou com seus bens.Temos assim a reafirmação da ordem moral, ou seja, os valores e dignidade são reafirmados.

Protagonistas

Otelo – General mouro e nobre a serviço da República de Veneza. A sua idade não é revelada na obra, mas são encontradas algumas passagens que nos remetem a idéia de que ele era um homem de idade avançada. Apesar de sua aparência rude, Otelo possuía caráter, atitudes e sentimentos nobres. Entretanto, era ingênuo, pois desconhecia a maldade humana e era incapaz de reconhecer a malícia nas pessoas. Isso é percebido quando ele descobre que fora traído por Iago e acredita que tal atitude não é obra de uma pessoa, mas do diabo. “Procuro ver-lhe os pés. Mas não... É pura fábula. Se fores o diabo, não conseguirei matar-te.” (fere Iago)(p.150). Além disso, Otelo era fraco, ele não acreditou que seu amor era forte o suficiente, bastou que Iago insinuasse que Desdêmona o estava traindo para que ele acreditasse.

Desdêmona – É uma jovem nobre, pretendida por vários jovens das melhores famílias da República, não só por sua beleza, mas também por seu rico dote. Ela era “Uma jovem tão tímida, de espírito tão sossegado e calmo, que corava de seus próprios anseios!...” (p34). Tais características ficam explicitas na atitude de seu pai, que ao saber que ela casou-se com o Mouro, atribuiu tal fato à bruxarias. Em uma época em que os casamentos eram arranjados pelos pais, Desdêmona gozava do privilégio de poder escolher seu próprio marido, porque seu pai confiava muito nela. Todo esse perfil singelo que envolve Desdêmona sofre uma brusca alteração quando ela abandona sua família e, apesar das diferenças de idade e raça, vai viver ao lado de Otelo em sua vida aventurosa de militar.

O fim de Desdêmona é extremamente triste: Além de ter sua imagem de esposa dedicada maculada, ela é abandonada por Deus, ou seja, nos seus últimos momentos de vida, não teve sequer o consolo da religião (p142).

Desdêmona é um personagem que , além de tudo o que já foi dito, nos ajuda a entender um pouco mais do próprio Otelo. Por meio dela nos é revelado os traços morais de Otelo, características essas que contrastam com seu exterior rude.

Antagonista

Iago – Era uma figura mais diabólica do que humana. Ele era alferes de Otelo, no regime militar atual, alferes corresponde ao posto de 2º tenente. Ele era uma pessoa vil, não media esforços para alcançar seus objetivos e todo lado negro de sua alma vem a tona em seus monólogos.

Iago odiava Otelo. Ele não suportou o fato de Otelo ter promovido Cássio ao posto de Tenente, cargo esse que ele acreditava ser seu pelo fato de possuir maior experiência. Iago, não suportando ver outra pessoa ocupando tal posto usou sua mente maquiavélica para articular um plano cujo objetivo era destruir seus oponentes.

Iago era um homem movido pelo interesse pessoal que se colocava sob as ordens de Otelo somente por proveito próprio. Ele dominava a arte de dissimular e manipular as pessoas. Provas disso são os fatos de Otelo chama-lo, com freqüência, de “O honesto Iago” enquanto esse o traía. Quanto a manipulação, podemos citar o exemplo de Cássio ter sido induzido à procurar Desdêmona para que ela intercedesse a seu favor junto a Otelo.

Secundários

Cássio – Micael Cássio era um jovem matemático florentino que “nunca comandou nenhum soldado num campo de batalha e que conhece tanto de guerra como uma fiandeira” (p18). Mesmo assim, foi escolhido por Otelo para ocupar o posto de tenente. Cássio foi o grande intermediário das relações amorosas entre Desdêmona e Otelo e, por isso, gozava da confiança do casal. Ele era amante de Bianca que vivia em Chipre, mas não se importava muito com ela.

Cássio era ingênuo. Não percebeu que Iago tramava sua desgraça, deixou-se embriagar enquanto estava de guarda, envolveu-se em uma briga e, por esse motivo, foi destituído de seu posto. Isso levou-o ao desespero e transformou-o em um verdadeiro marionete nas mãos de Iago.

Cássio pode ser classificado como personagem coadjuvante, uma vez que Iago se apoia em sua figura para executar seus planos.

Brabâncio – Pai de Desdêmona, ocupava um o cargo de senador na República de Veneza. Era um homem rico e mostrou-se ser totalmente contraditório: antes do casamento de sua filha com Otelo, ela convidou várias vezes o Mouro para visitar sua casa. Depois disso, acusou-o de rapto, feitiçaria e teve a intenção de mata-lo. No entanto, quem veio a falecer foi o próprio Brabâncio que não suportou essa união.

Emília – Mulher de Iago e serviçal de Desdêmona. A princípio sua participação na peça é discreta, mas no final ganha importância. Em nome da honra de sua senhora ela enfrenta o marido, revelando a Otelo, Ludovico e Montano que Iago estava os enganando.

Os demais personagens ocupam papéis de pouca importância e, por isso, serão apenas apresentados:
Rodrigo – Fidalgo veneziano, apaixonado por Desdêmona e, como Cássio, também foi usado por Iago;
Doge de Veneza;
Graciano – Irmão de Brabâncio;
Ludovico – Parente de Brabâncio;
Montano – governador de Chipre antes de Otelo;
Bobo – criado de Otelo;
Bianca – Amante de Cássio

segunda-feira, 9 de abril de 2012

1ª Fase do Modernismo


http://www.slideshare.net/crisbiagio/modernismo-1-fase-1922-a-1930












A primeira fase do Modernismo

O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e ideias modernistas.

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.

Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta.

Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo.

O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras.

A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural.

Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para o nazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.

Semana de 22


A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências europeias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o consequente rompimento com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald de Andrade na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita Malfatti na pintura.


O movimento modernista eclodiu em um contexto repleto de agitações políticas, sociais, econômicas e culturais. Em meio a este redemoinho histórico surgiram as vanguardas artísticas e linguagens liberadas de regras e de disciplinas. A Semana, como toda inovação, não foi bem acolhida pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou esforços para destruir suas ideias, em plena vigência da República Velha, encabeçada por oligarcas do café e da política conservadora que então dominava o cenário brasileiro. A elite, habituada aos modelos estéticos europeus mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e afrontada em suas preferências artísticas.

A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de transformar os antigos conceitos do século XIX. Embora o principal centro de insatisfação estética seja, nesta época, a literatura, particularmente a poesia, movimentos como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo começavam a influenciar os artistas brasileiros. Anita Malfatti trazia da Europa, em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917 realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo brasileiro. Este evento foi alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro Lobato, provocando assim o nascimento da Semana de Arte Moderna.


O catálogo da Semana apresenta nomes como os de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, John Graz, Oswaldo Goeldi, entre outros, na Pintura e no Desenho; Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg, na Escultura; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel, na Arquitetura. Entre os escritores encontravam-se Mário e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, e outros mais. A música estava representada por autores consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana.

Em 1913, sementes do Modernismo já estavam sendo cultivadas. O pintor Lasar Segall, vindo recentemente da Alemanha, realizara exposições em São Paulo e em Campinas, recepcionadas com uma certa indiferença. Segall retornou então à Alemanha e só voltou ao Brasil dez anos depois, em um momento bem mais propício. A mostra de Anita Malfatti, que desencadeou a Semana, apesar da violenta crítica recebida, reunir ao seu redor artistas dispostos a empreender uma luta pela renovação artística brasileira. A exposição de artes plásticas da Semana de Arte Moderna foi organizada por Di Cavalcanti e Rubens Borba de Morais e contou também com a colaboração de Ronald de Carvalho, do Rio de Janeiro. Após a realização da Semana, alguns dos artistas mais importantes retornaram para a Europa, enfraquecendo o movimento, mas produtores artísticos como Tarsila do Amaral, grande pintora modernista, faziam o caminho inverso, enriquecendo as artes plásticas brasileiras.

A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes uma coletânea de idéias comum a todos, por isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança, entre elas o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e o Movimento Antropofágico. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de Antropofagia.

O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.


O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.

Vanguardas Europeias

http://www.youtube.com/watch?v=34NE34Uszmg






Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição cultural do século 19. Foram extremamente radicais e influenciaram manifestações artísticas em todo o mundo.

As cinco principais correntes vanguardistas foram: Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Surrealismo.





Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda, caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua
totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica.










Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963), esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens.














Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas.


















Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de


expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior do artista.
















Surrealismo:
como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939).










Com o que ficar atento?
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das ideias, está à frente de seu tempo.

Como pode cair no vestibular?

Não satisfeitos com a produção artística de sua época, artistas de vanguarda buscam novas formas de expressão. Os recursos estilísticos utilizados por eles em suas composições têm sido amplamente explorados em vestibulares. Além disso, o tema tem ligação com a atualidade, pois vivemos em uma época em que ruptura de paradigmas são constantes.